Comissão Aprova Anteprojeto de Lei para Revisão do Setor Portuário com Divergências Internas

Comissão Aprova Anteprojeto de Lei para Revisão do Setor Portuário com Divergências Internas

Criação de um sistema portuário integrado busca colocar os portos brasileiro em uma posição mais competitiva no cenário global, mas foi alvo de críticas e votos contrários de alguns membros.

A Comissão Especial de Exploração de Portos e Instalações Portuárias aprovou nesta quarta-feira, 23 de outubro, o relatório final do anteprojeto de lei para a revisão do marco legal do setor portuário brasileiro. A proposta, apresentada pelo relator-geral, Celso Peel (desembargador TRT/SP ), visa modernizar e desburocratizar a gestão dos portos. Mas, foi alvo de críticas e votos contrários de alguns membros.

O anteprojeto que segue para a análise do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), prevê um novo modelo para a gestão dos portos, incluindo a descentralização das atribuições do Ministério dos Portos para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

A proposta também fortalece a autonomia dos portos públicos e privados, com medidas voltadas à atração de investimentos e à redução de burocracias. Contudo, pontos sensíveis relacionados à mão de obra portuária geraram controvérsia.

Um dos pontos polêmicos foi a exclusividade na contratação de trabalhadores avulsos. A proposta busca promover maior flexibilização no mercado de trabalho portuário, mas críticos afirmam que isso pode enfraquecer o papel dos sindicatos e dificultar negociações coletivas equilibradas. A relatora Flávia Bauer (Procuradora do MPT/SP ) expressou preocupação com a falta de clareza sobre como a prioridade de contratação será implementada.

Outros pontos polêmicos foram a redefinição das categorias de trabalho no setor portuário, extinção ou redução de categorias, o enfraquecimento da negociação coletiva, transferindo para os tomadores de serviços a definição de quantitativo de equipes, remuneração e benefícios, o que poderia reduzir o papel dos sindicatos na mediação dos interesses dos trabalhadores. Além da flexibilização da mão de obra e dos OGMO, a inserção de prestadores de serviços privados no setor, o que gerou receios de precarização do trabalho.

Embora as negociações com os trabalhadores pareçam administráveis, o maior risco está na falta de alinhamento com o governo, que pode prejudicar a aprovação da agenda legislativa.

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