O Ministério de Minas e Energia (MME) realizou, na última sexta-feira (22/08), o Leilão de Energia Nova A-5, contratando 815,6 megawatts (MW) de 65 novas usinas hidrelétricas, incluindo Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e usinas de até 50 MW. O certame foi operacionalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com investimentos estimados em R$ 8 bilhões.
O preço médio alcançado no leilão foi de R$ 392,84 por megawatt-hora (MWh), com deságio de 3,16%. As novas usinas, localizadas em 13 estados, têm previsão de início de operação em 2030, com contratos de 20 anos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou que, para cada 1 GW contratado, serão necessárias 120 toneladas de aço e 2,5 milhões de metros cúbicos de concreto, citando empresas do setor siderúrgico e de cimento como potenciais fornecedoras.
Silveira também destacou que os municípios que recebem hidrelétricas geralmente observam aumento no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), além de utilizar os reservatórios das usinas para abastecimento de água, irrigação, piscicultura e turismo.
Regulamentação do leilão
O certame seguiu as diretrizes da Portaria nº 95/GM/MME, de 19 de dezembro de 2025, que estabelece princípios como respeito aos contratos, segurança jurídica e previsibilidade regulatória.
A estratégia adotada prevê investimentos sustentáveis, expansão equilibrada da matriz elétrica e incentivo a fontes renováveis. As hidrelétricas de pequeno porte foram destacadas como importantes para a diversificação regional da geração, o desenvolvimento local, a modicidade tarifária e a segurança no suprimento de energia elétrica.
Fonte: Ministério de Minas e Energia