Crescimento do mercado de drones agrícolas após regulamentação ministerial

Crescimento do mercado de drones agrícolas após regulamentação ministerial
Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária

A regulamentação estabelecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) através da Portaria nº 298, publicada em 2021, resultou em expansão significativa do mercado de drones agrícolas destinados à pulverização aérea. As vendas passaram de uma estimativa de 3 mil unidades em 2021 para aproximadamente 35 mil drones atualmente em funcionamento.

Durante a Droneshow, realizada no Expo Center Norte em São Paulo, o consultor Eugênio Schroder apresentou esses números em evento direcionado a prestadores de serviços de drones agrícolas. O Mapa utilizou a mesma ocasião para anunciar a preparação de novo decreto e nova portaria.

Uéllen Colatto, auditora fiscal federal agropecuária e responsável pela Divisão de Aviação Agrícola do ministério, informou sobre a necessidade de atualização legislativa diante da evolução tecnológica dos equipamentos. Duas audiências públicas foram conduzidas, e a proposta do novo decreto já está sendo enviado à Casa Civil. Após aprovação presidencial, o Mapa deverá divulgar portarias com regulamentações específicas atualizadas.

O ministério planeja substituir o sistema Sipeagro pelo SDA Digital, plataforma mais moderna para credenciamento de instituições de ensino e certificação de profissionais da aviação agrícola.

A clandestinidade representa desafio para o setor. A Portaria 298 estabelece obrigatoriedade de curso preparatório para profissionais que operam drones de pulverização e aplicação de insumos, além do cadastramento no Mapa. Contudo, apenas 2.618 aeronaves remotamente pilotadas estavam registradas para pulverização até a semana do evento.

A tecnologia oferece precisão na aplicação de produtos químicos em áreas delimitadas e adaptabilidade a propriedades de diferentes dimensões. Eugênio destacou a característica democrática dos drones, que atendem lavouras grandes, médias e pequenas.

André Veiga, prestador de serviços, estimou que o atendimento a todas as culturas do país demandaria aproximadamente 50 mil drones. O equipamento representa 30% do investimento inicial necessário para ingresso no mercado. Prestadores receberam orientação para manter pelo menos um equipamento reserva e baterias adicionais.

Estanislau Steck, superintendente do Mapa em São Paulo, e Lucas Fernandes de Souza, engenheiro agrícola do ministério especializado em aviação agrícola, participaram da feira. Lucas conduziu palestra sobre regulamentação de drones agrícolas na quinta-feira (5), último dia do evento.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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